Reprodução sexuada e variabilidade

29-03-2010 01:06

A reprodução sexuada é vital para a biodiversidade, sendo que os descendentes têm sempre diferentes combinações de características.

Meiose

    Durante a profase I dá-se o emparelhamente de cromossomas homólogos, verificando-se assim a sobreposição dos seus cromatídeos nos pontos de quiasma. É nesses pontos que se pode dar o crossing-over (troca de porçõesdo cromatídeo de um cromossoma com o cromatídeo do outro cromossoma do par), há assim troca genética, dando origem a novas combinações de genes nas células reprodutoras.

    Na anafase I dá-se a separação dos cromossomas homólogos para os pólos da célula (segregação dos homólogos). A princípio, os cromossomas dos diferentes pares de homólogos estão dispostos aleatoriamente na placa equatorial, assim como a sua separação que será independente e ao acaso, tendo como resultado dois conjuntos particulares de cromossomas de entre inúmeras combinações possíveis.

    A acumulação de crossing-over's e da segregação de homólogos leva à formação de células reprodutoras geneticamente diferentes.

    Nos animais, os gâmetas designam-se por espermatozóide (produzido por machos) e óvulo (produzido por fêmeas) e são formados em órgãos chamados de gónadas. Nas plantas, os gâmetas designam-se por anterozóide e oosfera. Certas espécies produzem paralelamente espermatozóides e óvulos - espécies hermafroditas. No caso das plantas, os gâmetas não são produzidos por meiose, mas sim pela diferenciação de células já haplóides em gametângios.

    O resultado da meiose nas plantas são os esporos, que originam estruturas haplóides (gametângios) onde se irão diferenciar os gâmetas.

Fecundação

    Ao haver o cruzamento de dois gâmetas com origens em indivíduos distintos, a fecundação contribui para uma maior variabilidade de seres vivos e permite a formação de descendência portadora de genes combinados e de cromossomas que se irão manifestar na variedade de características e de aspectos.

    Existem três tipos de fecundação: a externa, a interna e a autofecundação. Na fecundação externa, a maior parte das fêmeas dos animais aquáticos, deixam os seus óvulos na água e os machos que se encontram nas proximidades fecundam-nos com os seus espermatozóides.

    Na fecundação interna, os espermatozóides são postos no interior do corpo da fêmea, pelo macho, e é aí que se dá a fecundação, devido à secura dos ambientes em que estes habitam.

    Na autofecundação, os animais hermafroditas, produzem gâmetas masculinos e femininos simultâneamente, mas esta raramente se dá. Normalmente, os espermatozóides fecundam os óvulos de outro indivíduo da mesma espécie - fecundação cruzada (exs.: minhoca e caracol).

Mutações cromossómicas

    No decorrer da meiose, podem dar-se determinadas anomalias (mutações cromossómicas) que mudam a estrutura dos cromossomas ou o seu número nas células resultantes. Se modificarem a disposição dos genes nos cromossomas, as mutações dizem-se estruturais; se alteram o número de genes nos cromossomas, dizem-se numéricas. Mutações cromossómicas estruturais: perda de porções do cromossoma - delecção; duplicação - duplicação; troca de segmentos entre cromossomas de pares diferentes - translocação. As mutações cromossómicas numéricas dão-se quando os cromossomas de um para de homólogos não se separam durante a anafase I ou quando os cromatídeos do memso cromossoma não se separam durante a anafase II e, no final da meiose, as células reprodutoras são formadas com um número anormal de cromossomas. Quando as células possuem estas mutações podem vir a dar origem a indivíduos com graves doenças genéticas.

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