Exploração sustentada de recursos geológicos

02-06-2010 18:09

    Todos os recursos com localização bem definida, passíveis de exploração numa prespectiva económicamente rentável e em relação aos quais estimados valores de abundância relativa, designam-se por reservas.

    Tal como qualquer recursos natural, os recursos geológicos consideram-se Recursos não renováveis, se a sua exploração for feita a um ritmo superior ao da capacidade de regeneração da Terra. Por outro lado, consideram-se recursos renováveis aqueles que podem ser gerados a um ritmo semelhante ou até superior ao do seu consumo.

Recursos energéticos

Tipos de recursos

    O desenvolvimento tecnológico verificado nos últimos dois séculos levou a uma procura intensiva de combustíveis fósseis - o carvão, o petróleo e o gás.

    A energia nuclear resulta na produção de enormes quantidade de calor a partir do uso controlado da radioactividade do urânio em centrais nucleares. A energia geotérmica consiste na utilização do calor da Terra, sobretudo nem locais onde o fluido onde o fluxo térmico ou o gradiente geotérmico apresenta valores elevados.

Riscos associados ao uso de recursos energéticos

    Os combustíveis fósseis, graças às grandes quantidades de CO2 libertado no seu processo de combustão, contribuem para o aumento do efeito de estufa e para o aquecimento global da atmosfera.

Recursos minerais

Metais

    Nos locais onde a concentração de certo mineral ultrapassa razoavelmente a média de distribuição na crosta, considera-se a existência de um jazigo mineral. Ao material rochoso que contém elementos de interesse económico, e que, é separado para posterior tratamento, chama-se minério. O material que durante o processo de mineralização é rejeitado constitui a ganga, material sem valor económico que muitas vezes é depositado à superfície em escombreiras, perto dos locais de exploração (minas), gerando um impacto ambiental negativo, como a formação de lixiviados através da acção da água da chuva sobre as escombreiras que contêm substâncias tóxicas e contaminam os recursos hídricos da região e como o tratamento químico que o minério sofre após a sua extracção, formando líquidos residuais contaminantes.

Materiais de construção e ornamentais

    No que diz respeito às rochas concolidadas, destacam-se as seguintes características desejáveis para a construção e para a ornamentação:

  • a resistência por desgaste por abrasão;
  • uma dureza não excessiva que permita trabalhá-la;
  • uma baixa porosidade associada a uma boa capacidade de impermeabilização;
  • baixo teor ou ausência de minerais alterados ou alteráveis;
  • baixa condutividade térmica.

 

  

Exemplo de rochas

Região de maior exploração em Portugal

Aplicação/Utilização

Granito (Rocha magmática)

Minho, Norte Interior e Beiras

Construção, revestimentos e pavimentação

Basalto (rocha magmática)

Ilhas

Pavimentação e construção

Xisto (rocha metamórfica)

Nordeste e Beira Interior

Construção

Mármore (rocha metamórfica)

Alentejo

Revestimento interno e arte

Calcário (rocha sedimentar)

Centro litoral

Construção, estatuária, produção cimenteira e revestimentos

Areia (rocha sedimentar)

Todo o território

Produção de vidro e elaboração de argamassas

 

Recursos hidrogeológicos

Reservatórios de água subterrânea

    A permeabilidade de uma rocha traduz a maior ou menor facilidade com que a rocha se deixa atravessar pela água e será tanto maior quanto maior for a porosidade da rocha, quanto maior for o volume dos espaços vazios existentes relativamente ao volume total da rocha.

Num aquífero é possível considerar, num alinhamento vertical, duas zonas constituintes fundamentais:

  • Zona de aeração: onde existe ar nos espaços enre os grãos das rochas, para além de matéria sólida e de água;
  • Zona saturada: onde a água se encontra acumulada, ocupando todo o espaço existente entre os grãos. O limite superior desta zona correspondente ao nível em que a água subterrânea se encontra numa dada região. A zona saturada está limitada por rochas impermeáveis.

    Um aquífero livre é alimentado por cima, através de uma ampla zona de aeração. Um aquífero cativo é alimentado lateralmente, através da zona de recarga, uma vez que se encontra limitado superior e inferiormente por uma camada impermeável.

Utilização de água subterrânea

    Apesar de haver condições naturais que conferem à água características que a tornam imprópria para várias utilizações, as ameaças à qualidade e quantidade da água nos aquíferos resultam da actividade humana:

  • a utilização de fertilizantes químicos e pesticidas na agricultira intensiva, que se dissolvem na água da chuva que vai infiltrar-se;
  • os lixiviados libertados pelos aterros e depósitos de resíduos através da ácção da água da chuva, que contêm substâncias poluentes;
  • lançamento nos solos ou nas linhas de água de resíduos industrisis contendo metais pesados e substâncias orgâncias tóxicas;
  • fugas de depósitos de gasolina e derrames de óleos usados;
  • impermeabilização da superfície e eliminação da cobertura vegetal com consequente dimunuição das taxas de infiltração.

    A sobreexploração dos aquíferos pode também levantar problemas:

  • a alteração das características da água com resultado da diminuição excessiva de um aquífero;
  • a entrada de água salgada nos aquíferos como resultado da diminuição da pressão doce no aquífero, que resulta no aparecimento de água salobra no aquífero, ocorre com frequência nas zonas costeiras, onde é feita a exploração de água subterrânea.

 

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