Todos os recursos com localização bem definida, passíveis de exploração numa prespectiva económicamente rentável e em relação aos quais estimados valores de abundância relativa, designam-se por reservas.
Tal como qualquer recursos natural, os recursos geológicos consideram-se Recursos não renováveis, se a sua exploração for feita a um ritmo superior ao da capacidade de regeneração da Terra. Por outro lado, consideram-se recursos renováveis aqueles que podem ser gerados a um ritmo semelhante ou até superior ao do seu consumo.
Recursos energéticos
- Tipos de recursos
O desenvolvimento tecnológico verificado nos últimos dois séculos levou a uma procura intensiva de combustíveis fósseis - o carvão, o petróleo e o gás.
A energia nuclear resulta na produção de enormes quantidade de calor a partir do uso controlado da radioactividade do urânio em centrais nucleares. A energia geotérmica consiste na utilização do calor da Terra, sobretudo nem locais onde o fluido onde o fluxo térmico ou o gradiente geotérmico apresenta valores elevados.
- Riscos associados ao uso de recursos energéticos
Os combustíveis fósseis, graças às grandes quantidades de CO2 libertado no seu processo de combustão, contribuem para o aumento do efeito de estufa e para o aquecimento global da atmosfera.
Recursos minerais
- Metais
Nos locais onde a concentração de certo mineral ultrapassa razoavelmente a média de distribuição na crosta, considera-se a existência de um jazigo mineral. Ao material rochoso que contém elementos de interesse económico, e que, é separado para posterior tratamento, chama-se minério. O material que durante o processo de mineralização é rejeitado constitui a ganga, material sem valor económico que muitas vezes é depositado à superfície em escombreiras, perto dos locais de exploração (minas), gerando um impacto ambiental negativo, como a formação de lixiviados através da acção da água da chuva sobre as escombreiras que contêm substâncias tóxicas e contaminam os recursos hídricos da região e como o tratamento químico que o minério sofre após a sua extracção, formando líquidos residuais contaminantes.
- Materiais de construção e ornamentais
No que diz respeito às rochas concolidadas, destacam-se as seguintes características desejáveis para a construção e para a ornamentação:
Exemplo de rochas |
Região de maior exploração em Portugal |
Aplicação/Utilização |
Granito (Rocha magmática) |
Minho, Norte Interior e Beiras |
Construção, revestimentos e pavimentação |
Basalto (rocha magmática) |
Ilhas |
Pavimentação e construção |
Xisto (rocha metamórfica) |
Nordeste e Beira Interior |
Construção |
Mármore (rocha metamórfica) |
Alentejo |
Revestimento interno e arte |
Calcário (rocha sedimentar) |
Centro litoral |
Construção, estatuária, produção cimenteira e revestimentos |
Areia (rocha sedimentar) |
Todo o território |
Produção de vidro e elaboração de argamassas |
Recursos hidrogeológicos
- Reservatórios de água subterrânea
A permeabilidade de uma rocha traduz a maior ou menor facilidade com que a rocha se deixa atravessar pela água e será tanto maior quanto maior for a porosidade da rocha, quanto maior for o volume dos espaços vazios existentes relativamente ao volume total da rocha.
Num aquífero é possível considerar, num alinhamento vertical, duas zonas constituintes fundamentais:
Um aquífero livre é alimentado por cima, através de uma ampla zona de aeração. Um aquífero cativo é alimentado lateralmente, através da zona de recarga, uma vez que se encontra limitado superior e inferiormente por uma camada impermeável.
- Utilização de água subterrânea
Apesar de haver condições naturais que conferem à água características que a tornam imprópria para várias utilizações, as ameaças à qualidade e quantidade da água nos aquíferos resultam da actividade humana:
A sobreexploração dos aquíferos pode também levantar problemas:
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